Coldplay em Coimbra: Análise psicoemocional

Coldplay em Coimbra: Análise psicoemocional

Tendo em conta a oportunidade de experienciar os 4 concertos dos coldplay em coimbra, num lugar mais privilegiado que a maioria dos camarotes do estádio de Coimbra, escrevo aqui, a minha observação neutra de juízos de valor e de estados emocionais. Uma observação pura e direta, sem mente (mindless).

Se ao leres isto, e sentires qualquer emoção ou pensares que o que foi escrito é uma crítica redutora, questiona porque razão emergiu em ti, uma forma de resistência perante uma simples e direta observação neutra.

O concerto dos coldplay em Coimbra foi como um circo hipnótico interativo, cheio de confetis, balões, foguetes e fogo de artifício, painéis cinéticos, sempre com luzes hipnotizantes por todo o lado, inclusive, luzes das pulseiras que cada participante recebe, criando um padrão rítmico de ondas LED movidas pelo movimento do corpo. Um dado interessante, mas de todo relevante para a maioria, é o facto das pulseiras serem controladas eletronicamente por radio-frequências. Já não basta toda a poluição eletromagnética do dia a dia, ainda consentem, na colocação de aparelhos elétricos junto dos seus corpos eletromagnéticos, simbolicamente parecidas a uma qualquer pulseira eletrónica usada por criminosos.

Uma das interessantes observações foram os vários momentos de espera da audiência reunida no estádio, até os coldplay iniciarem e, quanto a mim, um dos melhores pormenores a observar foi no final do espetáculo que descrevo mais adiante. Durante a espera, observa-se vários momentos de silêncio estranho, tendo em conta que se encontravam milhares de pessoas juntas. Silêncio esse que durava de 5 a 10 minutos. Apenas restava o burburinho das conversas entre as pessoas e os registos de cada momento gravados por telemóvel. Era como se a audiência apenas funcionasse por algum estímulo que ainda não lhe tinha sido dado, até então.

coldplay coimbra analiseII
Coldplay em Coimbra: Análise psicoemocional
A mente coletiva no concerto dos coldplay em coimbra

Durante o tempo que a audiência considerava demasiadamente morto, alguém entediado, começava a entoar o famoso “oh-oh…” da música Viva la vida, na esperança de terminar o silêncio. E, realmente, funcionava sempre. Durante um minuto, o estímulo, despertava todos a entoar o mesmo. Isso aconteceu várias vezes ao longo de horas de espera, apenas interrompido pela intervenção de outros cantores convidados a atuar antes dos aguardados coldplay.

Quando tudo realmente começa, todo o cenário de luzes e sons são verdadeiramente hipnóticos obrigando a mente a silenciar-se temporariamente, tal é a quantidade de estímulos dados. Fez-me lembrar os mosquitos estimulados por uma qualquer luz artificial durante a noite.

No meio do estádio, milhares de pessoas, energizam – sim, escutaste bem – várias partes elétricas do espetáculo, através do movimento dos seus corpos que dançam e pulam num chão cinético. Já sabíamos que o povo alimenta o espetáculo, mas, chegarmos a uma distopia de cobaias que andam numa roda energizadora de um sistema que afirma que é para o bem do meio ambiente, é outro nível.

– “Isto é uma igreja… É uma contemplação.” diz a Jay, ao meu lado, enquanto escuta as massas a seguirem todos os comandos do pastor.

Infelizmente a mente humana está programada para a idolatração a algo externo e não o oposto.

A pessoa consciente e inconscientemente consente participar de experiências onde são cobaias para receber em troca uma temporária satisfação neuroemocional. E a audiência ainda tem direito, às famosas mensagens clichés de positividade, anti-guerra e de sustentabilidade ambiental.

Como destaquei em cima, após a despedida dos coldplay, em menos de 1 minuto, a audiência começa a sair em manada, sem aproveitar aquele momento presente para absorver toda a experiência. Seguem todos em filas, cansados e satisfeitos pela maravilhosa ilusão que experienciaram, na esperança que as suas vidas individuais contenham agora, a mesma forma de experiência psicoemocional.

Relembra-te da Verdade que existe em ti: A ÚNICA forma de liberdade e soberania individual é a escolha consciente do estado de neutralidade emocional. Significando isso um estado de contentamento puro, sem o controlo da mente que necessita de distrações para gerar picos emocionais gratificantes.

O caminho direto para a imperturbabilidade emocional e mental é o Processo NCT!

BANNER LIVRO

Similar Posts